terça-feira, 29 de abril de 2014

Um segredo de minha infância... As palavras mágicas



    

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        Quando eu era pequeno, certa vez entrei para meu quarto e abri a janela da minha casa, em frente para o horizonte. Era uma manhã muito linda, e o sol estava nascendo. Dirrepente escutei uma voz que me disse assim: “Ismael, tua voz é a caneta, tua vida é um papel, e os teus lábios como a pena de um destro escritor”. Fiquei perturbado com aquela voz que sussurrava no meu ouvido, peguei uma caneta, e um pedaço de papel e comecei a escrever. Um título brilhante caiu na minha mente, e meus cabelos se arrepiaram de emoção. Aquelas letras bem grandes, com o título “ALENTO DE DEUS" apareciam freneticamente diante de mim. Eu não sabia tão pouco o que aquelas palavras significavam. Fechei os meus olhos, e como o dedo de um anjo, meu ouvido dava três toques. Parecia que uma boca soprava sobre ele, e eu sentia como se uma mão tocasse sobre as minhas. As palavras começaram a sair. Escrevi naquele dia, 30 páginas de uma só vez. As palavras eram assim:
 ”Antes do princípio, ele estava sobre a face do abismo. Olhava para escuridão com os seus olhos de fogo... calmamente de suas mãos saiam como raios e labaredas. No seu lado direito, seguia uma multidão de anjos brancos, voando em cima de sua cabeça. Alguns tinham seis asas, outros tinham quatro. Um som muito forte foi ouvido, algo como um barulho de uma grande carruagem passava no local. Cavaleiros com espadas nas mãos levantavam aos gritos, e cantavam uma música que eu nunca havia apreciado antes. Um dos anjos de seis asas prostrou-se sobre um trono branco, que resplandecia mais que os raios do sol. Do meio daquela luz surgiu outro homem, com os cabelos Alves como a neve que cobre as montanhas. Olhou para o anjo e falou dizendo que era chegada sua hora, que haveria de surgir outro mundo. Harpistas de todos os cantos tocavam umas harpas de ouro, e aquela voz era tão linda que eu não sabia escrever num papel. Chegaram todos, e começaram a levantar as asas. Subiu uma nuvem que cobriu aquele lugar, e dizia:
  ---- Cavaleiros e harpistas, anjos e querubins, escutai a minha voz, e vede, o quanto vou fazer uma obra magnífica! Observem esse vazio escuro que está diante dos vossos olhos. Esse vazio será transformado.
         Falando assim, começou a desenhar no seu quadro, uma obra de arte impressionante, estrelas apareciam a todo o momento, e um vento de luzes soprava sobre o grande abismo. Houve um silêncio profundo. Depois um forte estrondo surgiu, e com ele milhares de corpos celestes resplandeciam... O mundo estava surgindo. Anjos glorificavam o seu nome, e começaram a cantar sem parar uma canção. Cantavam e cantavam. Até que aquele processo continuou o seu ritmo sozinho, e seu criador, programou o seu nome de Natureza, pois dela surgiria à vida, e a vida moveria a face das águas, e das águas nunca mais haveria escuridão. Escrevi tudo sobre aquilo que vi, desde o começo, até seu palácio e entradas do seu reino. Não posso comentar aqui nesse blog, o trecho do livro “Alento de Deus", pois considero que aquilo era um anjo que falava comigo, e que eu não poderia publicar, nem falar para as pessoas que eu era um escritor, então fiquei calado. Guardei poucas palavras daquele texto num baú velho cheio de poeira dentro dos fundos do quartinho da minha casa. E depois fui procurar novamente aquele livro e nunca mais o vi. Não sei quem o pegou. Uma coisa eu sei, que depois daquele dia, nunca mais eu parei de escrever, e assim, continuo até hoje escrevendo não mais como aquele livro que deu origem ao meu dom, porém boa parte do que aconteceu comigo, nunca mais esqueci. E por isso tenho motivos de falar que sou capaz de publicar um livro. Não é a toa que em breve, um dos segredos mais profundos que guardo daquelas sobras de papel, será lançado no meu livro “O primeiro segredo de Deus", e orgulhosamente antes da minha morte, muitas pessoas vão entender o motivo da minha existência. Segredo de infância que guardei no velho baú, mais que mesmo assim, sem encontrar as palavras totalmente completas, carrego boa parte na minha lembrança, de um anjo que escreveu comigo no papel, e que levou de mim aquela informação sigilosa. Alento de Deus, palavra que traduzi no dicionário tempo depois quando cresci, e fiquei abismado com a palavra. Alento era coragem, ânimo, como eu falaria algo sem saber o significado? Então conclui que aquilo não era a minha palavra, mais eram as palavras de um anjo.

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